A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA EDUCAÇÃO ÉTNICO-RACIAL: UMA VIVÊNCIA EM MINEIROS – GOIÁS
Résumé
A educação para as relações étnico-raciais embora seja uma necessidade, e ao mesmo tempo uma exigência criada pela lei 10.639/2003, ainda enfrenta muitos desafios, seja em sua implantação nas escolas ou mesmo na produção de materiais didáticos que instrumentalizem a prática docente. Após 15 anos de sua promulgação, observa-se, sobretudo no cenário educacional goiano, que poucas são as iniciativas para que o trabalho com as questões étnico-raciais seja de fato real. Essa dificuldade de inserção na realidade das práticas pedagógicas desenvolvidas na escola baseia-se em muitos fatores, dentre eles a falta de formação pedagógica para o trabalho com as relações étnico-raciais, bem como os melindres que ainda se instalam em volta do tema. Somam-se a esses dois fatores, a ausência de políticas de fomento ao trabalho docente voltado para as questões sociais e a resistência de alguns gestores em possibilitar a abertura do currículo. Tais pontos, além de justificar este trabalho de pesquisa, apontam para a necessidade de micro ações, que, espalhadas pelo Brasil, possam subsidiar os professores, bem como oferecer bases para suas práticas pedagógicas. Com essa certeza foi proposto no início de 2017, um curso de extensão denominado Nagô – Relações étnico-raciais e de diversidade na escola; formação de professores na perspectiva da Lei 10.639/2003 o qual foi aprovado2, e desenvolvido no decorrer do ano de 2017. O objetivo deste artigo é, portanto, analisar o processo formativo oferecido aos 50 participantes do referido curso de extensão, bem como apresentar os resultados obtidos a partir dos encontros e das discussões ali levantadas.
