O caminhar como prática gnosiológica: oficina de criação de percursos de visita a espaços da cidade
DOI:
https://doi.org/10.33837/msj.v5i2.1565Palavras-chave:
cidade, caminhar, educação na cidade, espaço urbanoResumo
Os estudos sobre a cidade podem ser empreendidos de diversas maneiras e a partir de diferentes abordagens teóricas. Pretende-se, neste artigo, apresentar parte da estratégia metodológica utilizada pelo Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Educação na Cidade e Humanidades (Gepech) do Instituto Federal do Espírito Santo, Brasil, quanto à organização de cursos para professores. Esses cursos são divididos em encontros que iniciam com a explanação da abordagem teórica utilizada, seguidos por oficinas, como as que estimulam a criação de percursos que objetivam conhecer a cidade a partir de um tema; a implementação do percurso de visitação; a avaliação de materiais educativos; interações virtuais via Plataforma Moodle; finalizando com relatos de experiência e/ou apresentação de propostas pedagógicas sistematizadas pelos professores. Apresenta-se, portanto, recorte teórico-empírico, sobre as oficinas para professores realizadas pelo Gepech que propuseram a criação e a vivência de percursos de visita à cidade. Como modo de organizar este artigo, na primeira seção, exibe-se aspectos teóricos referentes ao caminhar como prática gnosiológica realizada por filósofos como Sócrates, Aristóteles e Kant e também por integrantes de movimentos artísticos como Dadaísmo, Surrealismo e Situacionismo. Na sequência, descreve-se e analisa-se uma oficina de criação de percursos de visita à cidade de Vitória, no Estado do Espírito Santo, Brasil. Conclui-seque o caminhar pelo espaço urbanoconfigura-se como procedimento de produção de dados que pode contribuir para a compreensão dos processos de modernização das cidades no contexto da formação de professores da educação básica brasileira.
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