A ESCOLA ENTRE A NEGAÇÃO E AFIRMAÇÃO DE IDENTIDADES: REFLEXÕES A PARTIR DE UMA OFICINA DE INCLUSÃO DE GÊNERO NA CIDADE DE CATALÃO, GOIÁS

Resumo

Nas últimas décadas, as novas leituras sobre gênero têm ultrapassado o campo restrito das lutas feministas e, na esteira destes movimentos, novos protagonistas emergem nos cenários mundial e brasileiro questionando identidades sexuais estáticas e binárias. Nesse sentido, a defesa de Simone de Beauvoir de que “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”1 e as teorias de Judith Butler acerca da flexibilização de categorias tanto biológicas quanto culturais da sexualidade humana acabaram por empoderar a luta, em especial a partir da década de 1990, de grupos tradicionalmente marginalizados.2 Transexuais e travestis, segmentos ainda percebidos como “abjetos” perante a sociedade, adquirem voz e visibilidade, conquistando progressivamente direitos junto ao Estado3 e apoio da sociedade civil, em especial via redes sociais.