O INCENTIVO À ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL POR MEIO DO ENSINO DE CIÊNCIAS
Resumo
Existe hoje uma grande preocupação por parte de especialistas das áreas da saúde a respeito da alimentação das crianças em idade escolar. Autores e pesquisadores revelam que é na infância que se constrói a base dos hábitos alimentares e nos primeiros anos de vida são fixados alguns costumes seja por influência familiar ou cultural. Birch (1999, p. 15) descreve que “as refeições representam um importante evento nas interações familiares, com estruturas
temporais portadoras de significado [...] e que as ocasiões sociais especiais pedem alimentos especiais.” Desse modo podemos dizer que, os alunos que possuem hábitos alimentares adequados e estilo de vida saudável, terão melhor qualidade de vida na fase adulta. O trabalho teve como objetivo central incentivar a valorização da alimentação saudável partindo das observações realizadas na escola onde participo do PIBID, na qual a grande maioria dos
alunos trazia de casa lanches considerados inviáveis para o consumo frequente. Neste sentido, a escola tem um papel fundamental em buscar a qualidade, não só no ensino, mas nas atividades que ali são desenvolvidas, como a alimentação. Segundo os PCN’s (1997, p. 39), “o desenvolvimento de uma consciência com relação à alimentação é necessário, considerando-se as demandas individuais e as possibilidades coletivas de obter alimentos.” O
projeto foi desenvolvido com alunos do 2º ano do Ensino Fundamental e as atividades foram divididas em três etapas: 1ª etapa - desenvolvimento de conceitos por meio de vídeos e roda de conversa; 2ª etapa - conteúdos sistematizados envolvendo a interdisciplinaridade e 3ª etapa - atividade envolvendo o lúdico e materiais concretos como a confecção de cartazes e receita culinária. A participação ativa dos alunos durante as atividades foi de grande relevância na análise dos resultados do projeto, grande parte dos alunos se mostrou interessados e motivados a compartilhar o que aprendeu. Contudo, devemos levar em conta a limitação desse projeto em não ter como isolar a influência familiar e os aspectos socioeconômicos das crianças no consumo e incentivos diário dos seus alimentos, por isso acreditamos que novas intervenções poderiam reforçar este incentivo podendo servir de instrumento de avaliação do impacto sobre os hábitos alimentares das crianças, daí a importância dos alunos serem transformados em multiplicadores, levando informações úteis a seus familiares.
